Se alguém me tivesse dito, há alguns anos atrás, que eu me iria encontrar ao lado de um Arcebispo e Embaixador do Vaticano envolvido na mesma batalha política do que eu, dificilmente iria acreditar, mas foi exactamente o que aconteceu na 20ª Conferência Geral do Conselho Supremo para os Assuntos Islâmicos, que começou a 16 de Março, no Cairo.
O Arcebispo Michael Fitzgerald refutou a ideia peregrina de que há um cerco ao Islão montado a partir do Ocidente cuja estratégia passa pelas célebres caricaturas, pela guerra ao terrorismo (afinal, há tanto terrorismo em nome do Islão como no País Basco!) e uma islamofobia imparável, refutação que eu apoiei sem restrições, não porque me pareça estarmos numa guerra de religiões ou de civilizações, mas apenas porque o que o Embaixador do Vaticano dizia me pareceu do mais elementar bom senso.
O discurso do Governo Egípcio (Primeiro Ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros ou Ministro dos Assuntos Islâmicos) foi marcado pela preocupação em combater o principal problema da nossa era (o extremismo religioso) e dar segurança à comunidade (combater o terrorismo), agenda que creio tanto Michael Fitzgerald como eu mesmo subscrevemos, mas os problemas começam quando ouvimos os responsáveis das comunidades muçulmanas ou mesmo do Ministério, onde estas ideias fazem escola.
Não creio, contrariamente a um bom número dos meus colegas, que a boa estratégia seja a de ceder à paranóia, estabelecer a censura para assegurar que não vamos ter caricaturas, pedir desculpa por todas as ofensas - reais ou imaginárias, actuais ou perdidas nos tempos - feitas ao Islão e esmorecer perante a ameaça fanática.
Tal como tive a oportunidade de explicar na conferência, recuso esse caminho sem ter de pensar na defesa do Cristianismo ou da civilização ocidental (o que quer que isto seja), mas apenas tendo em conta os cidadãos iraquianos que, sendo na sua esmagadora maioria muçulmanos, sofreram e sofrem como mais ninguém os efeitos do fanatismo que usa o nome do Islão.
O principal alvo da ameaça fanática é todo aquele que afirma ser possível ser muçulmano sem cair na barbárie e na Idade Média.
Gerais
Asociación Galega de Amizade com Israel
Institute for Counter-Terrorism
Israel Palestine Center for Research and Investigation
Scholars for Peace in the Middle East
Irão
National Council of Resistance of Iran
Iraque
Israel
Ministérios do Negócios Estrangeiros
The Institute for National Security Studies
The Israel Democracy Institute
The Jewish Institute for National Security Affairs
Líbano
Center for the Strategic Studies
The Libanese Foundation for Peace
Media
Nacionais
Liga de Amizade Portugal-Israel
Palestina
Outros Árabes
Center for Strategic Studies (Jordânia)
Ministério dos Negócios Estrangeiros Egipcio