Segunda-feira, 28 de Abril de 2008
A participação secreta da Coreia do Norte, na construção de um reactor nuclear para a Síria, foi um “desenvolvimento perigoso e potencialmente desestabilizador para o mundo”, afirmou a Casa Branca na semana passada. O episódio levanta dúvidas sobre as intenções de Pyonyang em prosseguir com a abertura de informações sobre suas actividades nucleares. Sete meses após o reactor ter sido bombardeado por Israel, a Casa Branca quebrou seu silêncio e disse que a Coreia do Norte ajudou no programa nuclear secreto da Síria, e que as construções destruídas “não eram para objetivos pacíficos”. Esta divulgação pela administração Bush poderia debilitar as negociações entre as seis partes envolvidas na tentativa da resolução do impasse com a Coreia do Norte. A Casa Branca emitiu uma declaração de duas páginas depois que os legisladores americanos foram informados sobre detalhes do reactor, após uma série de encontros no Capitólio, e que incluiu uma apresentação em vídeo pelo sector de Inteligência. A administração americana afirma estabelecer uma forte ligação entre o programa nuclear da Coreia do Norte e a construção na Síria. A apresentação também incluiu fotografias que mostravam uma forte semelhança de partes e aspectos específicos com uma construção nuclear na Coreia do Norte. A Casa Branca afirmou que a Agência Internacional para a Energia Atómica, que é a guardiã da ONU para as questões nucleares, também foi informada pela inteligência.
Vista aérea de satélite espião mostrando
o reactor sírio em área deserta da Síria
Imagens apresentadas ao Congresso Americano mostraram o reactor sírio antes de ser destruído por Israel