Em reacção ao desencadear deste escândalo – significativamente, não por parte da organização visada, que foi a União Europeia, mas da parte do Reino Unido e subsidiariamente dos EUA – vimos a defesa de uma política de contactos e negociações com os adversários afegãos com o objectivo de os desligar dos seus líderes, deixando por explicar as profundas diferenças de apreciação com as autoridades afegãs sobre o que se passou ou mesmo a lógica de toda a política subjacente a estas negociações.
Desde que o terrorismo moderno (ou seja, o terrorismo religioso e suicida, também designado por fanatismo islâmico ou jihadismo) apareceu na cena internacional através de uma fatwa do Ayatollah Khomeini, o Ocidente tem sistematicamente negociado com ele, sendo que a extensão e profusão dessas negociações são muito mal conhecidos pela opinião pública ocidental.
No Helmandgate confronta-se a palavra dos dirigentes afegãos, que insinuam que o negócio feito em nome da União Europeia se destinava apenas a comprar a protecção das forças ocidentais à custa das forças afegãs, com a palavra anglo-americana de que se tratava de separar esses elementos talibãs dos seus líderes, bem como com o ensurdecedor silêncio da Comissão Europeia, ao serviço da qual se encontrava o Embaixador expulso.
A ter em conta as informações difundidas por Waliullah Rahmani da Fundação Jamestown, poderemos chegar a breve trecho a conclusões sobre quem tem razão neste confronto, dado que os líderes talibãs de Musa Qala com quem os diplomatas europeus negociaram têm uma relação tribal umbilical com os líderes da tribo Alizai em Shaiban, no distrito de Bala Bulock na província de Farah, província fronteira com o Irão, a partir do qual a insurreição é comandada.
Se, como os observadores afegãos prevêem, este continuar a afirmar-se como o principal foco da sublevação talibã, é natural que se conclua que é a sua leitura dos factos a que se revela verdadeira.
Em qualquer circunstância, seria bom que o Helmandgate fosse encarado como um escândalo europeu de primeiríssima ordem.
Gerais
Asociación Galega de Amizade com Israel
Institute for Counter-Terrorism
Israel Palestine Center for Research and Investigation
Scholars for Peace in the Middle East
Irão
National Council of Resistance of Iran
Iraque
Israel
Ministérios do Negócios Estrangeiros
The Institute for National Security Studies
The Israel Democracy Institute
The Jewish Institute for National Security Affairs
Líbano
Center for the Strategic Studies
The Libanese Foundation for Peace
Media
Nacionais
Liga de Amizade Portugal-Israel
Palestina
Outros Árabes
Center for Strategic Studies (Jordânia)
Ministério dos Negócios Estrangeiros Egipcio